quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Estudantes da UnB consomem álcool e drogas dentro das salas de aula

Os encontros ocorrem no subsolo do Minhocão, em horário de aula. No início da noite, viram festas com venda de bebidas alcoólicas, o que é proibido pelo regimento interno.
 
 
No fim da tarde dessa quinta-feira (13), a equipe do Bom Dia DF entrou no subsolo da Universidade de Brasília (UnB) com uma câmera escondida. O corredor de paredes pixadas é conhecido por como corredor da morte. No caminho, salas onde há alguns anos funcionavam laboratórios de física, geologia e que hoje abrigam centros acadêmicos.

Em horário de aula, uma turma estava reunida para jogar vídeo game e fumar maconha. Em pouco tempo, vários cigarros são preparados e passados de um para o outro. Na sala ao lado, a reunião era regada a muita cerveja, vendida no local. As geladeiras estavam lotadas de bebida. Nas paredes, tabelas de preços.

No início da noite, o encontro se transforma em festa. Para beber, cerveja, pinga e catuaba. A venda e o consumo de bebida alcoólica dentro da universidade são proibidos por uma resolução interna. Mas o prefeito do campus, Paulo César Marques, admite que a norma não é eficiente.

“A resolução diz que é proibido, mas não diz o que acontece com quem não cumpre a determinação. Essa norma está em revisão. O Conselho de Administração da universidade vai aprovar, vai estudar e vai aprovar uma nova norma que pode vir a penalizar”, explica.

A equipe de reportagem foi com o prefeito até o corredor da morte. Ele diz que há menos de uma semana esteve no local acompanhado do reitor da UnB, e afirma que eles não viram qualquer vestígio do que a equipe de reportagem presenciou.

No local onde ocorria a festa, os estudantes hostilizaram a presença da equipe da equipe do Bom Dia DF e do prefeito do campus. Eles tentaram impedir a entrada. “Esse espaço não pode ser fechado a uma autoridade da universidade”, disse Paulo César.

O prefeito ficou fechado na sala por cerca de dez minutos. Ele reafirmou que a reitoria da UnB não tinha conhecimento sobre a venda de bebida alcoólica dentro da área acadêmica.

“Isso [cartaz com preço] não estava aqui quando visitamos. de fato não estava. da mesma forma que ela [estudante] retirou, pode ter colocado com a mesma rapidez. Na sexta-feira, não estava aqui”, sublinhou o prefeito.

Durante toda a confusão, não apareceu nenhum segurança, mesmo a pedido do prefeito do campus.

Paulo César disse que, em março, as salas do subsolo do minhocão devem começar a ser desocupadas. Ele prometeu coibir esse tipo de atividade, com apoio da polícia e da comunidade acadêmica.

Reportagem: Alessandra de Castro
Produção: Diego Moraes
Imagens: Luiz Quilião / Vítor Gomes

Fonte: http://dftv.globo.com/
 

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Alcoolismo

Diante de tudo que se possa imaginar há muita coisa por detrás da bebida, desde um momento de descontração numa roda de amigos a uma ingestão excessiva para se livrar do que aparentemente não lhe faz bem. O problema é que chega a um certo ponto em que a bebida deixa de ser apenas uma forma de diversão, de fugir da realidade e passa a ser um vício, onde a pessoa não consegue se controlar e acaba por fazer  mal a si mesmo.

O alcoolismo é um conjunto de problemas que estão relacionados ao consumo excessivo e prolongado do álcool, causando consequências desastrosas  em qualquer área da vida de um indivíduo, seja ela física, espiritual ou mental.
O consumo de álcool vem crescendo bastante, e na maioria dos casos essa ingestão começa na adolescência, no intuito da curiosidade, querendo experimentar e descobrir a sensação e, algumas vezes, até para não ficar fora da turminha;  Com o passar do tempo isso pode se tornar uma rotina, onde o usuário cada vez se envolve mais e passa a acreditar que aquilo é algo normal, que ele pode para no momento em que der vontade, até que começa a sentir as consequências.
Dentro desse mar de conseqüências causadas por esse vício os que mais vemos por aí são acidentes de trânsito mas, que muitas vezes é dos males, o menor, onde alguns deles podem ser crônicos e podemos citar alguns como a dependência, a abstinência, o abuso, intoxicação por álcool, síndromes amnéstica , demencial, alucinatória, delirante, de humor, distúrbios de ansiedade, sexuais, do sono e distúrbios inespecíficos. Por fim o delirium tremens, uma forma mais intensa e complicada da abstinência, que pode ser fatal.

Fonte: http://sesmtbrasil.blogspot.com/2009/10/dds-2-alcoolismo-e-uma-intoxicacao.html
Geralmente, o alcoolismo atinge sua forma mais violenta quando o indivíduo tem aproximadamente 40 anos, apresentando rosto avermelhado, conjuntivo dos olhos amarelado, odor especial no hálito, e ao ingerir álcool apresenta um tremo nos arredores da boca e um aumento na transpiração, além de alguns problemas nos reflexos e na coordenação motora, pode ocorrer falhas na fala, como expressões precipitadas, inseguras e às vezes balbuciantes.

Alcoolismo nas Universidades

Um “rito de passagem” bastante marcante para a universidade tem sido apontado como uma fase de grande vulnerabilidade ao consumo exacerbado de álcool e outras drogas, fazendo muitos se perderem no meio do caminho por não estarem preparados para isso.O aumento dos grandes vilões dos alunos, o álcool e as drogas, muitas vezes parece fazer parte do ambiente universitário.

Uma pesquisa feita por uma equipe da Universidade Federal do Rio Grande do Sul analisou o relato de 165 estudantes que responderam ao Inventário de Expectativas e Crenças Pessoais acerca do Álcool. O estudo nomeado “ Expectativas e beber problemático entre universitários”, feito por Ana Carolina Peuker, Janaina Fogaça e Lisiane Bizarro, apontou que 44% dos participantes eram consumidores de risco.
“Muitos jovens ingressam na universidade em idade e circunstâncias propícias à aquisição de novas competências. Dessa forma, o ambiente acadêmico torna-se um espaço adequado para o desenvolvimento de programas preventivos, sendo recomendável a implantação de políticas nessa direção” foi a conclusão dos pesquisadores, que chamam a tenção para o consumo entre estudantes de nível superior, e cita que outros estudos que relacionam a ingestão de álcool ao prejuízo no desempenho de tarefas de aprendizado, associadas ao funcionamento do lobo frontal, como as funções executivas, pois, em razão do consumo de álcool, 25,4% dos universitários deixaram de fazer o que era esperado, enquanto na população geral este percentual é quase oito vezes menor.

Universidades contra o Alcoolismo


Muitas universidades tentam de alguma forma resolver esse problema que vem cada dia se agravando mais entre os universitários.

A USP, a Unicamp e a Unesp estabeleceram um certo de tipo de constituição que estabelece princípios na implantação de ações de prevenção e luta contra o consumo de bebidas alcoólicas e drogas dentro de seus campi.

No dia 08 de Outubro acontece o Dia de Alerta do Uso Excessivo de Álcool nas Universidades. Esse projeto propões várias sugestões para o combate do álcool, como por exemplo, que seja incluída no currículo de graduação uma disciplina sobre prevenção ao uso indevido de drogas e que sejam adotadas medidas de restrição à venda e ao consumo de álcool – na USP, a proibição existe, mas não é cumprida. Esse documento tem como objetivo universalizar a prevenção envolvendo principalmente os não-usuários, afirma um dos coordenadores do projeto, André Malbergier, que diz que as universidades são ambientes que facilitam o acesso às drogas e seu consumo-que atinge o pico entre jovens de 18 a 25 anos.



A Unesp do campus de Botucatu mantém o programa “Viver Bem”, que traz um levantamento sobre a situação do consumo de álcool e drogas dentro da universidade, apontando possíveis soluções para o problema.




 Já na Universidade de Brasília (UnB), sabemos que existe uma grande quantidade de consumo de álcool, mas que tem sido combatida por alguns meios.
Foi publicado no Correio Braziliense e no site http://liberdadeunb.blogspot.com/2010/06/unb-discute-limite-para-farras-dos.html que os professores têm reclamados pelos excessos cometidos pelos alunos, como som alto, festas em horários de aulas e consumo de álcool e drogas no campus Darcy Ribeiro, forçando a reitoria a estabelecer novas regras de convivência.
Depois do protesto dos professores a solução será bem-vinda, já entre os alunos a questão divide opiniões.
A Secretaria de Comunicação da UnB começou a planejar uma campanha para reforçar a conduta ideal em um ambiente de ensino; As regras que definem a maneira como as festas dentro da universidade devem ser realizadas foram criadas em 2003, mas devem ser alteradas.

Alcoolismo e Estigma

O estigma vem em três formas:  Em primeiro lugar, ostensiva ou deformações externas, tais como cicatrizes , manifestações físicas de anorexia nervosa , hanseníase ( lepra estigma), ou de uma deficiência física ou deficiência social, tais como a obesidade. Em segundo lugar, os desvios nas características pessoais, incluindo doença mental , toxicodependência , alcoolismo e antecedentes criminais são estigmatizadas desta forma. Em terceiro lugar, "estigmas tribais" são traços, imaginado ou real, de etnias , nacionalidades ou religiões que são consideradas um desvio do que é percebido como a normativa vigente nacionalidade, etnia ou religião.

Um dos estigmas de Goffman é a culpa de caráter individual (entre elas a desonestidade e paixões não naturais), geralmente percebida por meio de comportamentos problemáticos, como o alcoolismo.
O termo estigma é usado para designar um atributo depreciativo. Mas este não é, em si mesmo, negativo ou positivo. Isso vai depender de uma rede de relações sociais, pois um mesmo atributo pode ser negativo para determinado sujeito e positivo (ou até não constituir uma marca) para outro. Se um juiz fosse alcoólatra, seria sem duvida, considerado irresponsável, o que serviria, inclusive, de motivo para o afastamento do cargo, para tratamento. No entanto, é perfeitamente admissível que um crooner de boate seja alcoólatra. Nesse caso, o alcoolismo é encarado de forma complacente e é até esperado, pelo fato de o sujeito trabalhar à noite, em um ambiente onde normalmente as pessoas ingerem bebidas alcoólicas.
Muitas pessoas têm relutância em procurar ajuda profissional por meio da estigmatização e da exclusão

Alcoolismo e Fato Social

Fato social são todos os fatos ou relações entre as pessoas que acontecem em sociedade. Manifestações, assassinatos, por exemplo. De modo geral, quase tudo (ou tudo mesmo) que acontece em sociedade é considerado um fato social. Esse fato social pode ser considerado um problema social,  que é todo tipo de problema relacionado à sociedade como por exemplo, o alcoolismo. Quando esse problema passa a ser estudado por sociólogos, através de uma metodologia, esse problema se torna um problema sociológico.

Considero o Alcoolismo nas universidades como um fato social porque hoje já existe uma “norma” estabelecida pelos universitários que assim que entram na faculdade começam o uso de álcool e drogas. Em universidades públicas esse problema é mais agravante.

Na Universidade de Brasília, por exemplo, a maioria dos alunos bebem excessivamente, em festas ou não, dentro da faculdade nos CAs, atrapalhando as aulas com músicas muito altas e gritarias e álcool.

Há uma coercitividade muito forte nesse ambiente de ensino, de forma a  fazer com que os indivíduos se sintam obrigados a participar.

Alguns cursos da Unb já instituiram essa “regra” para os alunos de seus cursos. Um exemplo são os alunos do Curso de Agronomia da UnB que em seus trotes e nos CAs sempre tem bebida alcoólica envolvida.

O CA de física pode ser confundido com um boteco. Sinuca, baralho, cerveja e pinga é o que se encontra em abundância por lá.

PROJETO DE LEI Nº 747, DE 2004

O estado de São Paulo fez um projeto de lei que institui a “Política de Informação e Prevenção sobre o Uso de Álcool e Drogas” nas Faculdades e Universidades públicas e privadas.

Citamos aqui a Justificativa de tal projeto.

Justificativa
A presente propositura visa estender às faculdades e universidades privadas do Estado, a política de informação e prevenção já desenvolvida com bastante êxito nas Universidades Estaduais – USP, UNICAMP e UNESP, que instituíram  o  “Dia de Alerta sobre o Uso Excessivo de Álcool nas Universidades”, no dia 24 de setembro de cada ano, quando promovem discussões e eventos reunindo alunos, professores e funcionários, com o objetivo de reduzir os índices de alcoolismo dentro dos campi e propor uma política sobre o uso de álcool e drogas nas universidades estaduais de São Paulo.

As comunidades da USP, Unicamp e Unesp, em seus diferentes campi espalhados por 26 cidades do Estado, se mobilizam nesse dia, para a conscientização dos problemas causados pelo uso indevido de bebidas alcoólicas. São realizadas palestras, mesa-redonda, distribuição de panfletos informativos, exposições, testes para saber se há consumo de álcool de risco e testes com simulação dos efeitos do álcool na direção.

O Dia de Alerta sobre o Uso Excessivo de Álcool nas Universidades é uma realização conjunta do GREA (USP), do Projeto Viver Bem (Unesp) e Projeto Viva Mais (Unicamp).

A “Proposta de Política sobre o Uso de Álcool e Drogas para as Universidades Estaduais de São Paulo” é o início de um movimento de discussão e implementação de ações efetivas relacionadas ao tema dentro das universidades, mas que deverá gerar posteriormente ações multiplicadoras envolvendo toda a sociedade.”